Você sabia que duas colheres deram origem ao desfibrilador cardíaco?

 O dispositivo foi utilizado em 1930 por William B. Kouwenhoven, que estudava na John Hopkins University School of Engineering. Contudo, nessa época o aparelho foi testado somente em cães. Em 1947, porém, o cirurgião americano Claude Beck usou o equipamento em um paciente humano pela primeira vez e salvou sua vida. O choque foi dado diretamente no coração, durante uma cirurgia, realizada em um garoto de 14 anos de idade. Depois de receber o choque, seu coração voltou a bater normalmente.

Após estudos, pesquisadores descobriram que a corrente direta, ou desfibrilação por pulso, era mais efetiva e tinha menos efeitos colaterais. Com o avanço da eletrônica na década de 1960, esta corrente, melhorada tecnologicamente, passou a ser empregada em larga escala. No início da década de 1970, vários experimentos foram feitos, e surgiu o primeiro desfibrilador externo.

Atualmente, o uso do aparelho é feito quando uma pessoa tem o batimento cardíaco irregular, ocasionado por cirurgias, problemas cardíacos e/ou ataques. A capacidade de reiniciar o órgão é perdida a cada segundo e a morte pode chegar em poucos minutos. O desfibrilador gera um choque e restaura o ritmo normal do coração. Antes de ser utilizado, o método é avaliado por todos os médicos do doente. As pás, lubrificadas com gel, são posicionadas no tórax do paciente, de forma que cubra o coração. A voltagem do choque é regulada conforme o tamanho e peso do paciente.

Hoje, o sistema de desfibrilação cardíaca evoluiu. Colheres com cabos de madeiras ficaram para trás, dando espaço para um aparelho que possui monitoramento de eletrocardiograma. Agora, ele também aparece em mais formas: aparelho externo manual, implantável e externo automático.