Conselho reúne médicos de todas as regiões do Brasil

O Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) se reuniu em Vitória, capital do Espírito Santo, no último dia 23, para discutir extensa pauta de interesse para a categoria médica e o movimento de lutas da categoria, como a previsão orçamentária da entidade para 2016, as ações desenvolvidas em favor dos médicos, filiação de sindicatos e informes das secretarias regionais.

A reunião foi aberta pelo presidente da FENAM, Otto Baptista, que ressaltou a importância de promover a aproximação entre estudantes de medicina e os sindicatos que representam a categoria. “Eles precisam entrar no mercado de trabalho com algum conhecimento da lei, para não serem prejudicados”, afirmou.

O diretor de Benefício e Previdência da FENAM, Clovis Cavalcanti, informou que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelece trâmites para regularização sindical, e que depois não reconhece o trâmite. “Temos uma carta sindical de 44 anos, e agora o MTE contesta essa carta”, disse. O presidente Otto garantiu que o departamento jurídico da FENAM prestará auxílio aos sindicatos nessas questões.

SEDE PRÓPRIA
Foi apresentado vídeo institucional a respeito da compra da nova sede e um breve relato dos esforços empreendidos para se chegar a esta conquista, fruto da economia dos últimos três anos, a sede é a realização de um antigo sonho da entidade.

Os médicos aplaudiram a compra. “Saímos do aluguel”, disse o presidente Otto. “Esta conquista servirá aos médicos por muitas décadas”, parabenizou o secretário de Saúde Suplementar da FENAM, Márcio Bichara.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
O tema foi amplamente debatido e os representantes da categoria médica de todas as regiões do País colocaram suas observações a respeito das particularidades de cada uma. O mínimo sugerido pela entidade no ano passado foi de R$ 290,00, e para esse ano o valor sugerido foi de R$ 315,00.

O secretário de Finanças da FENAM, Geraldo Ferreira, explicou que não será um aumento. “É apenas um reajuste com base no IGPM (Índice Geral de Preços) que no ano passado ficou em 8,35%”. O secretário ressaltou a necessidade de as entidades manterem a saúde financeira e de fazerem uma gestão de recursos de maneira séria, pois as lutas e mobilizações nunca são baratas.

Ainda segundo o secretário de Finanças da FENAM, “a contribuição sindical é uma obrigação. Quem não paga está em débito não só com o sindicato, mas com a nação. Ele representa um dia do trabalho médico. Ela é importantíssima porque representa a adesão do médico à sua categoria. E é essa contribuição que financia as lutas da categoria médica”.

“Esse valor será cobrado de qualquer maneira, mas será enviado para os chamados ´sindicatões´, que nem sempre lutam pelos interesses dos médicos”, lembrou Geraldo.

CONSULTA FENAM
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico da FENAM, Marlonei Santos, apresentou relatório com as dificuldades e custos que o médico enfrenta para exercer corretamente sua profissão e afirmou ainda que “os médicos pagam para trabalhar”, em alguns casos, com os valores pagos pelos planos de saúde aos profissionais por cada consulta.

Várias propostas foram feitas, e o secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, ponderou que “não podemos levar a discussão para a questão regional, senão estaremos defendendo que médicos de regiões mais pobres ganhem menos que os médicos de regiões mais ricas. A questão é nacional”.

Foi esclarecido aos médicos que no caso de ser aprovado, ele será um mínimo, não obstando que valores mais altos sejam cobrados. O diretor de Formação e Relações Sindicais da FENAM, Antônio Jordão, defendeu o posicionamento da entidade. “O movimento sindical deve cumprir seu papel. Devemos ter ousadia. Ao movimento cabe tudo. Precisamos nos posicionar”, disse.

SINDICATOS
A presença de sindicatos de todas as regiões do Brasil foi muito celebrada. “Os colegas trouxeram informações de que no Brasil inteiro as dificuldades são muito parecidas. O médico está pagando um preço muito alto por esse caos instalado na saúde”, disse Otto Baptista.

PISO FENAM
O Piso FENAM e a história da luta para que seja implantado e legalmente exigido foi mais um dos temas da pauta. O presidente Otto lembrou que hoje ele já é uma referência nacional e “já está sendo praticado em alguns locais de trabalho. Nosso trabalho é para que ele se torne sólido”.

O presidente, Otto Baptista, encerrou a Reunião do Conselho de Representantes com a afirmação: A FENAM nunca deixará de lutar em defesa dos médicos.