DF: #BRASÍLIAVAIPARAR NA TERÇA-FEIRA (26)

     Milhares de servidores vão se concentrar em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), na terça-feira, dia 26, a partir das 13h, para acompanhar o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra as leis que concederam reajustes e reformularam carreiras, em 2013. A paralisação das categorias representadas por 28 sindicatos e associações de classe reunidas no Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do DF começará às 7h. O Movimento não é ligado a nenhuma central sindical ou sigla partidária.

     Naquele dia, espera-se o comparecimento maciço dos servidores, em uma manifestação de proporção jamais vista no DF. Na segunda-feira, dia 25, das 16h às 20h, lideranças e representantes das categorias do serviço público realizarão ato público, também na Praça do Buriti.

     O que está em jogo não é apenas o cancelamento da parcela de reajuste acordada para este ano, mas o retrocesso dos salários aos patamares de 2011, quando foram incorporadas as últimas parcelas dos acordos coletivos anteriores. No piso da carreira médica, por exemplo, isso representaria um corte da metade dos salários e a completa derrocada do serviço público de saúde, por inviabilidade de contratação em função dos baixos salários.

     Entre agosto de 2010 e janeiro de 2015, o Ministério Público apresentou à Justiça 135 ações de inconstitucionalidade, com êxito em 80% dos casos.

     “Durante a paralisação serão mantidos os serviços essenciais. Na saúde, funcionarão os pronto-socorros, UPAs e SAMU. Atendimentos ambulatoriais em unidades básicas, centros, postos de saúde, clínicas da família e hospitais, bem como cirurgias eletivas serão reagendados”, explica o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, coordenador do Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do Distrito Federal.

     As categorias já realizaram assembleias e aprovaram indicativo de greve. Dependendo o resultado, entram em greve por tempo indeterminado no dia seguinte ao julgamento da Ação de Inconstitucionalidade contra os reajustes salariais.

     Assistam ao vídeo com as orientações de Gutemberg Fialho aos médicos.