"Há mais de um mês estamos tentando falar com o prefeito para saber como ficará a situação dos profissionais, e a contraproposta em relação a nossa negociação salarial, mas até o momento o que sentimos foi um grande descaso. Estamos tentando fazer de tudo para um acordo, e evitar a paralisação, mas a falta de interesse do poder público em negociar nos deixa sem opções", esclarece o presidente do Sinmed-MS, Valdir Shigueiro Siroma.
Ele acrescenta ainda: "foram raras às vezes em que decidimos paralisar porque temos o compromisso de zelar pelos nossos pacientes e não queremos deixar a população desassistida, mas desta vez vamos ter que fazer cumprir nossos direitos e partir para as últimas consequencias. Já estamos cansados deste descaso", desabafa o presidente.
Pela proposta aprovada em assembleia o Sinmed-MS formará uma comissão de negociação composta por membros da diretoria do sindicato e outros médicos não-dirigentes, que atuam na Sesau (Secretaria de Saúde), para solicitar que seja agendada audiência com o prefeito, juntamente com os secretários municipais de Saúde e de Administração, no prazo máximo de 10 (dez) dias a contar da data que recebimento do ofício, que aconteceu ontem (12).
No dia 26 deste mês, ficou marcada nova assembleia para análise da contraproposta da prefeitura, caso nenhuma seja apresentada haverá paralisação de 48 horas nos dias 30 e 31/03/2015. mantendo ativos nos referidos dias apenas os serviços de urgência e emergência, assim como 30% dos demais atendimentos nas Unidades de Saúde da Capital, na forma exigida pela Lei. Após a paralisação haverá nova assembleia para decisão a respeito da greve geral, dependendo da resposta encaminhada pelo município relacionada às reivindicações.
"Esta será nossa última tentativa de demonstrar boa vontade em promover tratativas no sentido de entabular um acordo em relação ao reajuste salarial para o período de 01.05.2015 a 30.04.2016 e demais reivindicações já encaminhadas. Agora cabe ao prefeito decidir", avalia Siroma.