FENAM contesta importação de Médicos proposta pela FNP

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) promove uma petição pública online chamada de: "Cadê o médico?", que tem como objetivo reivindicar profissionais estrangeiros para a saúde brasileira com uma forma de avaliação mais fácil. O abaixo-assinado faz referência direta a Presidenta Dilma Rouseff e ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha.

A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) entende a angustia dos prefeitos sobre a falta de médicos no interior do País, porém a facilidade de importação desses profissionais não é correta. "Vamos trabalhar em conjunto com a FNP, mas sem colocar em risco a saúde da população", disse o presidente da Federação, Geraldo Ferreira.

"A ideia de facilitar a forma de revalidação só irá trazer prejuízos na saúde pública, reforçamos a necessidade de uma avaliação rigorosa da qualificação dos profissionais para que o cidadão brasileiro possa ter a garantia de que está nas mãos de um médico competente dando a melhor assistência possível’, explicou Ferreira.

Segundo o presidente, é sabido que existe uma precarização dos serviços de saúde oferecidos pelo Governo, logo, no entendimento da FENAM, há um equivoco dos prefeitos quando os mesmos solicitam a entrada de médicos sem uma averiguação da capacidade médica para se trabalhar no Brasil. "A dificuldade dos prefeitos em não ter um número suficiente de médicos em seus municípios se dá pelo motivo de má distribuição dos profissionais; falta de concurso público; baixos salários; difíceis condições de trabalho; e falta de unidades hospitalares", disse.

A solução para este problema, segundo Ferreira se resolveria em duas situações. Primeiro, que as entidades médicas, principalmente a FENAM, se juntem nessa causa com os prefeitos, fazendo uma pressão no Governo Federal no que se diz respeito a repasse adequado de recursos público por habitantes – um valor que seja viável para uma melhor prestação de saúde. Segundo ponto seria um plano, também do Governo Federal, de recuperação de unidades hospitalares e de centros de unidades que permitam atendimento digno a população.

A revalidação é uma forma de segurança para a saúde brasileira, "é por meio dela que os médicos estão preparados para diagnosticar e tratar as doenças", concluiu o presidente da FENAM.